“A escola é muito mais que um depositário de saberes; é um banco de experiências trocadas e permutas afetivas”. (Elmo)
Cada vez que o IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica revela dados sobre a situação educacional dos estados e municípios brasileiros, uma tempestade surge no horizonte, pois aparecem os sucessos e os fracassos ocorridos na educação nacional. O país não conseguiu atingir a meta prevista de elevação da qualidade de ensino, como era esperado, exatamente no ensino médio e nos anos finais do ensino fundamental; porém, nos anos iniciais do ensino fundamental, o Ideb superou a meta, 4,9, em 0,3 décimos, pois passou de 5, em 2011, para 5,2, em 2013. Para os anos finais desta fase (6ª. a 9ª.), passou de 4,1, em 2011, para 4,2, em 2013, sendo que a meta era de 4,4, não atingida. O mesmo aconteceu com o ensino médio, pois a meta estabelecia 3,9 e foi obtido 3,7, permanecendo no mesmo índice de 2011(3,7).
Já o Estado de Santa Catarina, em análise, manteve o crescimento nos anos iniciais do ensino fundamental, de 5,8, em 2011, para 6,0, em 2013, mas, nos anos finais (6ª. a 9ª.), decresceu de 4,9 para 4,5. No ensino médio, também decresceu de 4,3 para 4,0.
Não se torna possível, diante dos fatos, qualquer comemoração ou manifestações de vitória ou demonstrações de ufanismo, próprias do período eleitoral, porque os números são implacáveis, frios, absolutos e inequívocos.
A educação brasileira precisa ser passada a limpo e retomar seus valores de autonomia, competência, confiança e conhecimento, com o objetivo de tão somente desenvolver a nação em todos os seus aspectos, dentro de um espaço de socialização do conhecimento, combinando respeito mútuo, disciplina, liberdade e organização, pilares da cidadania.
O processo educacional não foi feito, como se constata, para servir às variações do poder, ou aos humores dos “coronéis” de casaca, carreiristas que dominam o pluripartidarismo nacional e ditam “verdades” que submetem até o livre arbítrio de cidadãos de bem. Educação não é instrumento de poder da politicagem dos bastidores, mas uma fortaleza de conhecimento e experiências que mantém a sociedade brasileira ativa, empreendedora, crítica e consciente.
É preciso considerar, outrossim, fatores que interferem diretamente no desenvolvimento da qualidade educacional, tais como: gestão escolar, burocratização, formação e capacitação docente, atualização de equipamentos e recursos, flexibilização temporal, treinamentos em serviço, contextualização curricular, redução de tutela administrativa de unidades da burocracia estatal e autonomia para gerir orçamento próprio e aplicação do regimento escolar.
Acredita-se que, desta forma, a educação brasileira pode iniciar um processo de recuperação gradativa e atingir o que se denomina de QUALIDADE, desenvolvendo HABILIDADES em docentes e discentes para atingir as COMPETÊNCIAS no uso correto e coerente do conhecimento a serviço de todos os brasileiros.