Meu vício começou muito cedo. Era eu criança, muito pequena ainda, e já tentava decifrar aqueles misteriosos sinais desenhados em milhares de papéis que apareciam em minha frente.
No início eu os copiava iguais ou quase iguais àquelas letrinhas de forma estampadas por toda a parte. Depois aprendi a interpretá-los, juntá-los um a um e então...
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ADAÍR DITTRICH: A mais linda paisagem
(E as flores para todas as minhas Mães)
Existem dias especiais em que vou passear na aldeia onde nasci, a aldeia de minha infância, a minha aldeia debruçada sobre a colina que envolve o nosso fecundo vale. Um desses dias é o dia de levar flores para as nossas mães que estão lá, bem...ADAÍR DITTRICH: Excertos de uma carta de 1978 (Variações em torno de um tema antigo)
Amiga,
há um certo dia, ou época ou mês do ano, quando começam a cair as amarelecidas folhas das árvores, que nós começamos a remexer em nossas folhas de papel para aquela organização legal anual.
Bem, e nesses dias de buscas de perdidas folhas deste findo ano de mil e novecentos e setenta e sete encontro trapos...
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ADAÍR DITTRICH: A história de Graife
Graife foi um imponente perdigueiro de negra e reluzente pelagem que vivia em nossa casa em um tempo em que os cachorros podiam circular livremente, sem coleiras e sem placas, por toda a vila. Dócil e amigo e de um inesquecível olhar meigo e cativante. Não tinha um grande porte, mas servia de montaria para...
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ADAÍR DITTRICH: De vendavais e tornados
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Casa da família Müller, atingida por tornado em Marcílio Dias/Acervo de Fátima Santos[/caption]
Na lembrança de um vendaval encadeiam-se lembranças de outros. E das trágicas histórias contadas.
Foi em algum ano do final da...
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